Saúde

Proibida importação e venda de fórmula infantil relacionada a casos de botulismo nos EUA

Medida é preventiva. Produto da empresa americana ByHeart não possui registro no Brasil.

Uma medida da Anvisa, publicada nesta terça-feira (18/11), determinou a apreensão de todos os lotes da fórmula infantil ByHeart Whole Milk 720 ml para crianças de 0-12 meses, fabricada pela empresa de nutrição infantil ByHeart, localizada nos Estados Unidos. Também estão proibidas a importação, a distribuição, a comercialização, a propaganda e o uso desse produto no Brasil.

Nos Estados Unidos, o consumo do produto pode estar associado a um surto de casos de botulismo em bebês, que está em investigação. Após o alerta disparado pela agência reguladora norte-americana, a Food and Drug Administration (FDA), informando o recolhimento do produto naquele país, a Anvisa fez uma busca ativa em sites e identificou anúncios do produto em plataformas brasileiras de comércio eletrônico.

É importante lembrar que fórmulas infantis estão sujeitas a registro sanitário. O produto não possui registro no Brasil e sua venda, portanto, é irregular.

Orientações a pais e responsáveis

Até o momento, a Anvisa não recebeu notificações sobre casos de botulismo associados ao consumo desse alimento no Brasil. No entanto, se o consumidor eventualmente tiver adquirido o produto, não deve usá-lo.

Os sintomas iniciais do botulismo, que podem demorar para aparecer, incluem pálpebras caídas, fala arrastada (no caso de adultos), perda do controle da cabeça e dificuldade para engolir e respirar. Em casos graves, a doença pode causar paralisia muscular generalizada e até morte. A aplicação imediata de antitoxina botulínica é crucial para neutralizar a toxina no sangue e prevenir a progressão da paralisia e possíveis complicações.

Se a criança apresentar sintomas de botulismo, incluindo dificuldade para engolir ou respirar, leve-a imediatamente ao pronto-socorro mais próximo. Não espere. Ao procurar atendimento, é importante informar o alimento que foi consumido, se possível com uma amostra da embalagem, caso tenha disponível.

Fonte: Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa