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Ambulatório dermatológico do INCA completa 10 anos de funcionamento

O ambulatório ECA-QT (Efeitos Cutâneos Adversos dos Quimioterápicos) do Serviço de Dermatologia do Instituto Nacional do Câncer (Inca) completou dez anos recentemente, no dia 14 de maio. O local, considerado um dos primeiros ambulatórios do Brasil dedicado exclusivamente aos cuidados da pele durante o tratamento oncológico, além de proporcionar mais qualidade de vida a milhares de pacientes, também tem sido um espaço de aprendizado para residentes e especialistas.

Para o chefe da seção de dermatologia do Inca, Dolival Lobão, o ambulatório contribui muito para o tratamento e saúde dos pacientes. Segundo o médico, o ambulatório ECA-QT já enfrentou diversos desafios ao explorar os efeitos adversos dermatológicos dos novos tratamentos oncológicos.

Por ser uma área ainda pouco explorada, ele explica que foi preciso ter paciência e constância para entender a dinâmica das reações cutâneas e as particularidades de cada paciente. Mesmo com dificuldades, o ambulatório conseguiu construir uma integração entre áreas da saúde, e também promover uma abordagem multidisciplinar, que melhorou a adesão dos pacientes.

Nos últimos anos, a evolução da abordagem dermatológica no tratamento de pacientes oncológicos, impulsionada pelo desenvolvimento de novas medicações e pelo entendimento das vias de sinalização celular, facilitou o manejo das reações adversas. Além disso, com o uso do tratamento preventivo nos efeitos colaterais dermatológicos em pacientes submetidos à quimioterapia, o processo de evolução dermatológica se tornou ainda mais fácil e rápido.

“É uma grande satisfação fazer parte deste ambulatório, especialmente desde a sua criação. Antes disso, os pacientes não tinham a quem recorrer, pois não havia profissionais treinados para atender suas necessidades específicas. A Dra. Luiza Kassuga, que hoje é uma referência no assunto, teve o preparo necessário para estabelecer esse serviço. Atualmente, alguns oncologistas participam do ambulatório com o objetivo de aproveitar a valiosa experiência do Inca”, disse Lobão, destacando a trajetória de sucesso do ECA-QT.