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Asma: diagnóstico e tratamento adequados possibilitam qualidade de vida

Dia Mundial de Combate à Asma, celebrado anualmente na primeira terça-feira do mês de maio (em 2024, 7 de maio), busca conscientizar sobre a importância do controle dessa condição crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Mesmo sem cura, a asma pode ser controlada, permitindo que os pacientes levem uma vida normal. Especialistas dos Hospitais Universitários Federais (HUFs) da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) ressaltam a importância de disseminar informações sobre a doença, garantindo que os asmáticos recebam o tratamento adequado para mais qualidade de vida.

“A data é uma oportunidade para empoderar os pacientes por meio da informação, contribuindo para a melhora da qualidade de vida e reduzindo as chances de complicações e óbito. O controle adequado da asma é fundamental para garantir que os pacientes possam viver plenamente, mesmo convivendo com essa condição crônica”, ressaltou o pneumologista do Hospital Universitário Antônio Pedro da Universidade Federal Fluminense (Huap-UFF) e Presidente da Sociedade de Pneumologia e Tisiologia do Rio de Janeiro, Leonardo Pessôa.

Entendendo a asma

A asma é uma inflamação que ocorre nos brônquios, as vias respiratórias localizadas nos pulmões. Os sintomas incluem falta de ar, chiado no peito e produção de secreção. A doença pode se manifestar em qualquer idade, sendo mais comum o início na infância. Embora não tenha cura, a doença pode ser controlada com o uso adequado de medicamentos e acompanhamento médico. Segundo Leonardo, “Apesar dos recursos disponíveis para o tratamento da asma, estudos científicos mostram que cerca de 85% dos asmáticos não têm a doença controlada, principalmente devido à ausência de tratamento ou não adesão ao tratamento proposto. Outro fator associado ao não controle da asma é o uso incorreto dos dispositivos inalatórios, conhecidos como ‘bombinhas’”.

Além disso, os asmáticos frequentemente apesentam outras condições de saúde, como rinite, refluxo gastroesofágico, ansiedade e depressão, o que dificulta ainda mais o controle da doença. É importante ressaltar que a tosse é outro sintoma comum da asma, podendo ser seca ou acompanhada de secreção. Em alguns casos, a tosse crônica pode ser o único sintoma apresentado pelo paciente. Como explicou o especialista: “Para confirmar o diagnóstico de asma, podem ser realizados exames de raio X de tórax e espirometria. No entanto, em casos típicos, esses exames podem não ser necessários”.

No Huap-UFF, existem ambulatórios específicos para o tratamento da asma, atendendo cerca de 300 pacientes com a doença. “O trabalho realizado tem proporcionado resultados positivos, com aproximadamente 60% dos pacientes com a doença controlada e mais de 80% utilizando corretamente a técnica inalatória”, detalhou o pneumologista.

A asma é uma condição que demanda atenção e cuidados específicos, mas com o acompanhamento adequado é possível controlar a doença e garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Quando se trata de asma, é fundamental contar com o suporte de uma equipe médica qualificada, que possa orientar sobre o uso correto dos medicamentos, identificar e evitar os fatores desencadeantes e oferecer suporte emocional para lidar com os desafios da doença.