O Hospital Universitário Antônio Pedro, da Universidade Federal Fluminense (Huap-UFF), ligado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), desenvolveu um sistema próprio de prescrição para a área de Oncologia. Esse sistema, denominado PrescHuap, é um exemplo de boas práticas na rede de hospitais universitários, ilustrando como o ensino, a pesquisa e a assistência podem ser integrados em benefício dos pacientes. Há seis anos em funcionamento, o PrescHuap tem despertado o interesse de outras instituições que buscam replicar o modelo.
Felipe Lana Rocha, chefe da Unidade de Hematologia e Oncologia (Uhon) do Huap, explicou que o PrescHuap foi resultado de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) realizado por um residente em Oncologia, em colaboração com a equipe de Tecnologia da Informação. Atualmente na sua 2ª versão, o sistema permite uma integração eficiente da equipe multidisciplinar. Um exemplo é a agenda de quimioterapia, que proporciona ao Setor de Farmácia a visualização antecipada para o planejamento adequado das manipulações dos medicamentos.
Inicialmente implantado na enfermaria da Hematologia, o sistema foi posteriormente expandido para o setor de quimioterapia ambulatorial. O PrescHuap já contabiliza quase 11 mil prescrições, abrangendo desde medicamentos até terapias e outras prescrições para os pacientes, segundo Felipe Lana.
Para o chefe da Unidade, uma das grandes vantagens do PrescHuap é a padronização do atendimento, proporcionando segurança e agilidade para o prescritor, além de oferecer informações imediatas à equipe, essenciais para uma prescrição de quimioterapia segura. No entanto, ele ressalta que o sistema não substitui a avaliação individual do paciente ou a decisão do profissional e da equipe.
O PrescHuap tem chamado a atenção de outros hospitais da rede, que buscam conhecer o funcionamento do sistema com a intenção de adotá-lo. Complementar ao Aplicativo de Gestão dos Hospitais Universitários (AGHU), o PrescHuap reflete o papel significativo dos hospitais universitários no atendimento ao paciente oncológico.
Com informações da EBSERH